Aplaudir os profissionais da saúde é uma das maneiras de agradecê-los por todo serviço prestado no enfrentamento à Covid-19. No entanto, há outras maneiras de reconhecer tamanho empenho e competência das equipes multidisciplinares dos hospitais.
Ítalo Elísio, que passou 10 dias internado no Hospital Estadual de Formosa (HEF) acometido pelo coronavírus, decidiu voltar à unidade durante o processo de recuperação para homenagear os profissionais de saúde.
A volta de Ítalo ao hospital, dessa vez, foi para oferecer lembrancinhas aos profissionais como retribuição aos cuidados recebidos. Mesmo morando em Formosa, o professor sempre procurou por atendimento em Brasília e revelou satisfação pelo atendimento na própria cidade e encantado com as novas instalações do HEF.
“O Hospital Estadual de Formosa está muito bem equipado com profissionais excelentes. Uma gestão que veio para mudar o conceito que o Formosense tinha quando pensava em saúde pública na cidade”, disse Elíseo.
Homenagem
O gesto de afeto realizou-se seguindo todos os protocolos sanitários e após a alta médica do paciente. Contudo, a retribuição de todo carinho e atenção recebida em sua passagem pelo hospital foi registrada sob forte emoção e muitas lágrimas dos colaboradores do HEF.
“Tive um privilégio enorme de ter toda a assistência na minha cidade que gosto tanto. Fui tratado com tudo o que há de melhor e pude voltar a minha vida, família, casa e amigos”, contou Ítalo, que é professor de história há 24 anos.
Atualmente, leciona no Distrito Federal (DF), mas com o avanço da pandemia as aulas passaram para o formato virtual. Em maio deste ano, o docente descobriu que o isolamento social desencadeou alguns sintomas e, mais tarde, recebeu o diagnóstico de ansiedade.
Em julho, após diagnosticado com a Covid-19 Ítalo internou-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HEF. Passou nove dias ininterruptos no leito da UTI recebendo cuidados médicos. “Foi muito tenso para mim, mas os fisioterapeutas, enfermeiras e médicos foram atenciosos comigo, isso ajudou bastante o tratamento a funcionar e dar certo”, lembrou.
Uso de capacete-respirador
Durante a internação e com o agravamento dos sintomas da Covid-19, o munícipe precisou usar o capacete-respirador do tipo Elmo. Isso porque, sua adaptação à máscara facial não avançou. No entanto, a equipe multidisciplinar respeitou o histórico de crises de ansiedade do paciente e fez a transição dos equipamentos de maneira gradual.
“A situação exigia uma sensibilidade ainda maior por se tratar de um paciente diagnosticado com crises de ansiedade. Portanto, o que fazemos no HEF é proporcionar um ambiente humanizado e acolhedor a todas as pessoas admitidas na unidade”, disse Vânia Fernandes, diretora do hospital.