Oferecer o que há de mais inovador no atendimento aos pacientes diagnosticados com coronavírus é um dos objetivos dos hospitais públicos administrados pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED).
Recentemente, os Hospitais de Urgência de Trindade (Hutrin), Regional de Luziânia (HRL), Regional de Formosa (HRF) e Regional São Luís de Montes Belos – Dr. Geraldo Landó (HRSLMB) começaram a utilizar o capacete-respirador do tipo Elmo. Dessa maneira, os aparelhos foram recebidos pelo governo do Estado e repassados aos hospitais estaduais.
O diretor do Hospital Regional de Luziânia, um dos maiores do Entorno de Brasília, Francisco Amud, é um dos entusiastas do uso do equipamento. “Estarmos na lista dos hospitais públicos de Goiás a receber estes capacetes demonstra a nossa prioridade no combate ao covid-19. Eles facilitarão muito a recuperação de pacientes, diminuindo o tempo de internação”, completa.
A utilização do capacete-respirador tem como objetivo proporcionar maior conforto associado a, principalmente, melhor adaptação do paciente. Contudo, a ferramenta reduz a dispersão de aerossol (não propagando a contaminação), não causa claustrofobia e não comprime a face do paciente.
Segundo a fisioterapeuta do HRL, Adriana Matos, alguns internados têm dificuldade em se adaptar ao uso da ventilação não-invasiva (uso de máscara para respiração), causando aerofagia e até mesmo lesões na face.
“O capacete-respirador veio como uma excelente opção para esse grupo de pacientes que têm dificuldades com as máscaras de oxigênio, explica a fisioterapeuta.
O aparelho é acoplado ao ventilador que recebe pressão positiva de oxigênio. Selado com um colar macio, ele envolve todo o pescoço do paciente. Dessa forma o vírus não se espalha pelo ambiente, diminuindo uma possível reinfecção dos presentes no ambiente.
Equipamento aprovado
No Hutrin, o primeiro paciente a utilizar o dispositivo teve alta na última quarta-feira (7). Thiago Henrique Machado Castro Cunha, 34 anos, morador de Goiânia, foi internado no hospital em 21 de março após apresentar sintomas graves da doença. Dessa maneira, passou 13 dias na Unidade de Terapia Intensiva e recebeu tratamento com o capacete durante uma semana. Logo após a evolução no quadro clínico ele foi transferido para a Enfermaria no dia 5 e anteontem pôde voltar para os braços da família.
Emocionado com a alta, ele agradeceu o carinho recebido pela equipe do hospital. “Eu quero agradecer cada um dos profissionais que me ajudaram durante todo o tratamento. A amizade que construímos nesse período não acontece de um dia para o outro, portanto, nós viramos uma família”, disse.
“Esse dispositivo é mais um aliado no combate à Covid-19. Aliás, é muito gratificante oferecer o que há de melhor no tratamento da doença para os pacientes que frequentam os hospitais”, finaliza Getro de Oliveira Pádua, diretor do Imed.