Atualmente é difícil encontrar alguém que não se queixe de sintomas relacionados à ansiedade, ausência de sono, crises de enxaquecas intermináveis ou, em casos mais severos, síndrome do pânico. Por isso, a atenção para doenças mentais se tornou discussão central para os profissionais do Hospital Regional de Formosa, que intensificaram seus esforços no sentido de minimizar o desgaste emocional dos pacientes durante a pandemia.

Dessa forma, uma das medidas adotadas pelo HRF foi incorporar ao calendário de ações preventivas a campanha Janeiro Branco. Ela tem como objetivo principal alertar a população sobre a importância do tratamento em prol da saúde mental e emocional. Principalmente em momentos de crise como o que vivemos. Essa prática informativa também visa desmistificar as informações sobre doenças emocionais, tendo em vista que o tema ainda é um tabu para várias pessoas.

“A forma acolhemos os pacientes com doenças psicológicas ou emocionais é resultado do uso adequado do ambiente hospitalar para nesse tratamento”, afirma Vânia Fernandes, diretora executiva do HRF.

Psicólogas em ação

O Hospital Regional de Formosa realiza também, periodicamente, o acolhimento e amparo aos pacientes com qualquer desconforto emocional. Durante a pandemia a unidade oferece aos pacientes internados nas enfermarias, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Ala Covid-19 a oportunidade de se comunicar com seus familiares em visitas virtuais promovidas pela psicóloga Sayonara de Cassia Batista. Além disso, ela também acompanha leito a leito as puérperas que acabaram de dar à luz no hospital.    

Com a chegada do isolamento social, em detrimento da pandemia do novo coronavírus, patologias como depressão e principalmente a ansiedade se intensificaram. No Hospital Regional de Formosa a busca pelos serviços profissionais de saúde psicológica aumentou. Dos quadros mais leves, como preocupação excessiva, aos mais graves, como tentativa de autoextermínio, todos eles foram registrados durante o período pandêmico.

“Com o isolamento social as pessoas ficaram mais suscetíveis às doenças psicoemocionais e isso é muito perigoso. Por isso é extremamente importante o acolhimento e o cuidado com a saúde mental destes pacientes”, reforçou a psicóloga.

Atenção aos sinais

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países com maior número de pessoas com transtornos depressivos nas Américas. Isso representa 5,8% da população nacional. Com relação aos transtornos decorrentes de ansiedade são também os brasileiros os que mais sofrem com esse distúrbio, representando 9,3% da população.

Embora os sintomas relacionados à saúde mental e psicológica tenham diferentes origens, é importante observar as mudanças de comportamento diário. São eles: isolamento repentino, agressividade, oscilação de humor, ausência de fome por longos períodos, sono vespertino, introspecção, entre outros.

“As pessoas precisam se conscientizar, cuidar de si e da própria mente. O nosso papel é ajudá-las a encontrar esse caminho de equilíbrio”, ressaltou Sayonara.

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